Cantinho da Helô

Monday, November 27, 2017

De Bem com o Que Vivi




Ontem eu resolvi arrumar minha escrivaninha. Ainda não terminei, porque tem muita coisa, anos de trabalho lá dentro. Mas o curioso foi achar minhas agendas, de 1996 a 2014.

Minhas agendas são como diários, além das tarefas do dia, anoto muito do que fiz e colo ingressos de cinema, de shows, pulseira, credenciais, papel de bombom, flores secas, fotos, desenhos, declarações, troca de cartas, postais... é uma caixinha do tempo! Claro que não li tudo, é um período bem extenso, mas foi folheando que vi que fui e sou bastante feliz. Mesmo com todos os altos e baixos, essas memórias serviram para reavivar toda essa força boa que é estar bem com meu presente, já que estou muito tranquila com meu passado.

Sempre pensado "e se"... mas quando matemos um diário, vemos que foi o que tinha que ser, o que foi vivido foi bom. Quando a gente aprecia o presente, quando ele vira passado vira memória boa, gostosa de ser relida, mesmo nas pequenas tristezas, e que bom que foram pequenas... há três anos que não escrevo mais em agenda, porque uso o computador. Foi bom achá-las para recuperar esse hábito.

No melhor estilo Roberto Carlos, "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi" e coloquei no papel para ficar na minha história.

Friday, November 24, 2017

A Demanda do Santo Fusca




O fusca é um carrinho que tenho no coração. Sempre me fascinou o mini potente, que passa até em estrada esburacada mas é super delicado aos olhos!

E as cores! Ele tem muitas cores, uma gama de opções. Cores para todos os gostos.

É um carro feliz. Parece que sorri com seu pára-choque e nos olha com seus faróis redondinhos. Estou na busca de um faz tempo. Vou colocar belos cílios em seus "olhinhos". Vai ser um fusca super feminino.

Está bem difícil achar um que encaixe no meu orçamento, mas sei que não é impossível. Em breve, terei um belo novo amigo, que vai me levar ao trabalho e estrada à fora em busca de aventuras.

Quero rodar de Fusca do Oiapoque ao Chuí, do Fin del mundo Argentino ao Caribe Colombiano. Do Panamá ao Canadá. Percorrer asfalto e chão batido. Um pequena mala sob o capô e muita história para contar.

Só falta achar meu parceiro de quatro rodas para rodar-rodar!

Thursday, November 23, 2017

Preguicinha Boa




Dizem que preguiça é pecado... é um dos sete pecados capitais, para ser justa. Mas o que dizer de uma boa preguicinha matinal, quando nada se tem para fazer? Seria pecado manter um relacionamento sério com a cama quentinha num dia de folga?

Nem todo dia estamos dispostos a acordar e manter o pique. Haja disciplina! Hoje me dei ao luxo de matar a aula de Muai Thai para passar mais uma horinha na cama. Não que vá virar um hábito - isso sim é perigoso - mas é uma necessidade do corpo, descansar.

Sabe o que me cansa muito? Whatsapp! Sério, é tanta mensagem que as vezes boto no mudo para não atender (me desculpem meus amigos queridos, as vezes eu me canso da tecnologia). Eu realmente sou to tipo de pessoa que precisa se desconectar bastante para manter o equilíbrio. Ao mesmo tempo que curto uma bagunça, curto um silêncio. Só contemplando o ambiente, como nos bons e velhos tempos.

Hoje, no meu momento preguiça, estava com o celular no mudo. Senão minha preguiça seria interrompida com uma enxurrada de afazeres, e me permiti uma hora a a mais hoje.

E você, ao que se permite?

Friday, November 17, 2017

(Não Tão) Velha Infância




Tenho assistido à série "Stranger Things", e tem sido uma espécie de flashback, um retorno no tempo. - sem os monstros.

Matt Duffer e Ross Duffer são os diretores. Os gêmeos nasceram em 1984, época em que ambientam a série. É uma bela homenagem aos filmes de Steven Spielberg (como "Goonies" e "E.T,"), David Cronenberg ("Videodrome", "Scanners", "Calafrios") e John Carpenter ("Enigma de Outro Mundo" e "A Cidade dos Amaldiçoados"), e ainda à literatura de Stephen King.

Mistura de aventura, suspense, ficção científica, doses de terror e boa música. E, os anos 80. Eu sou contemporânea da molecadinha da série. Pelas minhas contas, Mike, Eleven, Will, Lucas, Dustin e Max nasceram entre 1970 e 1971. Ok, eu nasci em 1976, mas me lembro muito bem do ano de 1984, dos filmes, das músicas, das roupas, dos cabelos (já tive o cabelo "cuia" do Will, hahaha).

Mas só fui começar minhas aventuras mirins de descobrimento com a galerinha da rua entre 1987 a 1989 (com 10 a 12 anos de idade, porque eu nasci no final do ano, então quando contabilizo um ano para mim, tenho que descontar 1 ano, porque nasci no finalzinho de outubro). No entanto, tirando a ficção científica, me identifico a bessa com os personagens, das rondas de bicicleta, aos joguinhos, passando pelo bailinho desajeitado. Eu também era tão sem jeito quando o Dustin, tão nerdinha quando o Mike, tão estranha quando o Will, tão cheia de atitude como o Lucas, e boa no videogame (e nas ondas) como a Max (que é boa no skate, mas fiz um comparativo).

Dessa forma, é um deleite assistir a essa produção do Netflix. Que venham mais temporadas!

Thursday, November 16, 2017

A Ausência de Inspiração




Sabe quando você está na rua e milhares de idéias pipocam criativas na sua mente mas quando você senta para escrever todas elas magicamente se vão?

Tem acontecido muito... e apesar de ter o hábito de anotar boas idéias num papel, até o papel tenho esquecido ou perdido em algum bolso misterioso da vida.

Assim, quando venho aqui alimentar meu blog, ou escrever mais uma página dos meus livros que estão em processo gestativos, fico sem idéias para partilhar. Bem frustrante!

Por isso que fotografo muitas coisas quando estou na rua... me ajudam a lembrar depois... melhor que o pedaço de papel... o abacaxi bonito enfileirado na lateral da fiorino branca me lembra estampa de tecido, me lembra beleza geométrica, me lembra natureza, me lembra frescor, me lembra suco, sorvete, coisa gostosa... que me faz lembrar infância, e tendo tudo isso, me faz lembrar que eu estava feliz, florida e colorida naquele momento, e aí consigo escrever.

E é assim, fazendo um mapa fotográfico, que acabo me recordando... o que perco em imaginação e palavras, elas me vêm a partir da imagem... o registro mor de minha jornada criativa.

Acho que por isso fiz faculdade de cinema antes da de jornalismo: era um estímulo visual para o que estava por vir. Como muitas da matérias eram práticas, a mão na massa e a quantidade de filmes que tinha que assistir para ficar por dentro do que os professores passavam abriram as portas da percepção da minha mente.

O mesmo para idiomas, eu aprendo vendo e ouvindo... se for só papel e caneta, não adianta que não desenvolvo... agora múcica e filmes no idioma me fazem ir além.

Tem até uma máxima que diz que "uma imagem vale mais que mil palavras". Eu acredito!

Monday, November 13, 2017

Porque o sol voltou a brilhar

Desde ontem, um domingo tão lindo e morninho, que o sol reapareceu... eu senti tanta falta do sol esses meses. E estou com  déficit de vitamina D, então por ordens médicas, eu devo pegar sol. Não é nenhum sacrifício. Eu realmente amo ar livre, sol e calor.

Também amo pouca roupa, roupas bem leves, e o contato com a água. Água me deixa muito feliz. Cada dia me conscientizo mais que fui tola de ficar tanto tempo longe do que amo, e tudo que amo tem a ver com calor, sol, céu azul, e água (do mar ou cachoeira).




Lembra de Scarlet O'Hara em "E o Vento Levou"? Tudo que ele queria, era o solo vermelho de Tara de volta. Tara era seu norte. O mesmo se passa comigo, por mais que eu vá, eu preciso de forças. O sol é a minha fonte de energia.

Estar longe de casa é a minha criptonita. De verdade!

Voltei bem baqueada de saúda, embora poucos saibam porque passo por saudável e forte. mas já estou me refazendo, retornando aos poucos. Tudo! Energia, mobilidade, tudo, tudo... que gratidão.

Já tinha lido que "sucesso a base de sacrificar a família, a saúde ou o caráter, não é sucesso". Acredito piamente. E todo mundo é livre para acreditar ao contrário também, se quiser.

Feliz com esses rumos que aproximam... uma vida dedicada à yoga, à dança e à natureza. Fiz todo esse caminho para me conscientizar disso... sacrifícios são preciosos muitas vezes, apesar que prefiro um caminho mais gentil. Mas, ok... se demandou sacrifício, agora aprecio à décima potência o que já muito apreciava antes.

Hoje um belo dia azul, iluminadíssimo. Mato cheiroso, riozinho vibrante em frente ao chalé. Já fiz\ yoga, já fui ao mercadinho.... fiz suco de fruto... ando fazendo experimentações com frutas... hoje foi a vez do cajú com leite de côco e mel. Divino!

A natureza realmente dá tudo que precisamos. Só precisamos conservá-la para sempre ter.

Thursday, November 09, 2017

Labirintopatia

Quando eu estive na Irlanda, bati a cabeça muito forte no parquinho. Na época, eu cuidava de uma criança de 7 anos, e ela pediu ajuda num brinquedo. Não medi muito bem a distância e bati minha moleira com toda a força no ferro. Na hora fiquei tonta, escutei um silvo no ouvido direito, e meu pescoço doeu bem.

Como estava cuidando da menina, segurei a dor, e só me sentei. Não tinha a quem chamar, e o hospital mais perto era em Dublin. Eu tinha um plano da escola que não cobria muito bem uma coisa assim, então meio por falta de grana e meio por achar que ia ficar melhor, eu não fui. Ninguém também se ofereceu para me levar, nem na residência que trabalhava, nem na escola.

Dormi mal por 4 dias, mas por conta da yoga, fui melhorando. Ou achei que fui!

Comecei a apresentar vertigem e enjoos, a ponto que nem podia andar de carro, que passava mal. No avião, na volta, senti dor no ouvido, e lembro que a única vez que senti isso foi na primeira vez que andei de avião, aos 14 anos, mas depois disso nunca mais.



Ontem eu fui até um distrito aqui perto e... enjoei e fiquei tonta. E ainda estou meio assim, mesmo depois de dencansar. Labirintopatia, mais conhecida como Labirintite! A batida afetou meu labirinto.

Ainda bem que é tratável, e o medicamento nem é caro (Dramin). E felizmente nem afeta minha dança... pelo contrário, me sinto melhor quando estou ativa.

Então, se não afeta minha dança, nem meus esportes, tá tudo bem.E agora estou tratando, vai ficar tudo bem.

Tuesday, November 07, 2017

"Panem et Circenses"




Vai parecer estranho e incoerente, mas tem lógica se pensar a fundo. Todo mundo remete calma e paz às cidades pequenas. Normalmente o são... mas se contar que tudo demora o dobro ou triplo do preço e que algumas lojas são difíceis de achar - não me refiro a loja de roupa, estou falando de uma papelaria tradicional - pode ser estressante.

Vou usar o exemplo da papelaria. Hoje precisei de uma, e a cidade tem umas, mas nem todo material é encontrado lá. Eu compro papel em grandes quantidades, para o escritório não ficar sem provisão - envelopes, A4, papéis coloridos diversos para minhas maluquices de colagens - e como aqui vale a oferta de procura, se acabou na mais em conta, a mais cara vai vender a unidade algo que se compra em geral bem econômico na embalagem, e se você quiser o cento da embalagem, vai multiplicar o preço da unidade, e cobrar um valor até 6x maior. Muita gente não pesquisa, deve ser "roubado". Porque sim, é roubo! E um ultrage.

Aí quem lê vai pensar: "Como ela é boba, estressada por conta de envelopes". Não só. Se for contar que é uma prática abusiva a todos, o que me constrange é o ato geral. Não enganam a mim, mas alguém vai ser enganado. Que feio!

Hoje eu comecei no Muai Thai, e adorei... é muito completo! Exercício cardio-respiratório, que queima calorias, desestressa, ajuda na definição do tônus e no alongamento. O problema só ficou no alongamento: fizemos o aquecimento, a prática, e nenhum alongamento no fim para os músculos descansarem legais. Notei que essa academia especificamente não tem alongamento, e até perguntei se precisavam de professora, porque eu sou capacitada para isso, e disseram que não, que não tem quorum (claro que tem, se abrirem horário), e que os professores de outras classes já alongam o aluno (uma inverdade, eu estava lá). Mas ok, eu sei me alongar. Mas e o resto dos mais de 100 alunos de lá. Podem ter um estiramento por conta de um não alongamento. Enfim... not my business, but it is... because I am there!

Vou começar as aulas de circo hoje também. Ao menos, experimentar. Eu preciso me movimentar porque sou hiperativa. E cirso é tão legal!

Vejo muita gente hiperativa que é "diagnosticada" com alguma coisa e toma remédio. É muito mais comum você ser saudável que não. Ser hiperativo é normal. Não significa que você é bipolar, disléxico, ansioso ao extremo (ansiedade aos poucos é normal) ou sofra de déficit de atencão... mas vejo um monte de gente diagnosticada assim... Te digo que meu pai me diagnosticou assim, e me deu remédio. E que saber? Não tomei. Fui buscar nos esportes e na dança a minha "medicina", e funcionou.

É por isso que quando falam que eu faço muitas coisas, eu sim, sei que faço, mas é muito mais saudável se manter ativo que medicado. E medicado quando não se tem nada é absurdo. Claro que quem sofre algums transtorno tem que se medicar, mas tem muito hiponcondríaco por aí perdendo a saúde para a indústria do medicamento.

Vamos mexer, gente! Esporte, yoga, dança, filmes, livros. É s[o botar corpo e cérebro para funcionar que tudo fica em equilíbrio.

Monday, November 06, 2017

Novo Ano, Novo Ciclo

Esse post é muito importante! Hoje começo um novo ano aqui... blog de viagem encerrado, vida normal que segue... sim, demorei uma semana para escrever porque precisava de fôlego novo, e para isso, descanso foi necessário.

Renovada após uma tranquila primeira semana (feriado de finados me ajudou a desacelerar logo no início), já desde quarta-feira recomecei yoga, corrida, caminhadas... reescrevi meus currículos, fiz uma lista de coisas a se fazer (como num ano novo), e percebi que foi muito bom decidir recomeçar por Nova Friburgo, e não pela Gávea.

Amo o Rio de Janeiro de paixão, e o bairro da Gávea é meu lar, mas no bairro do Cônego, em nova Friburgo, eu tenho o necessário para essa nova fase. Viver é cíclico. Começamos e recomeçamos muitas vezes sem nos darmos conta. Esse ano já é minha segunda vez. Não que não goste de manter uma rotina, mas é que as vezes é bom manter a "emoção" de novas descorbertas. Agora, tudo parece que esse ciclo será mais longo. Vamos ver!

Procuro não pensar num futuro muito distante. Pensar o presente ainda é a melhor forma de viver com gentileza. Então, dia após dia, vou experimentando, sentindo, crescendo, fluindo!



Esse final de semana foi sensacional. Sábado fui na peça de minha querida professora de dança Débora. Foi no Calu, o centro cultural de Lumiar. Esse distrito aqui de Nova Friburgo é sempre uma boa pedida para desopilar. Com uma apresentação então,ótimo motivo para pegar 30 minutinhos de estrada.

Foi um espetáculo mesclando dança e interpretação, e um toque de música. Muito interessante! Ela estava linda no palco.

Como fui com um amigo, depois sentamos na pracinha para comer. Tomei caipirinha aís quase 10 meses e bolinho de bacalhau. É tão bom quando resgatamos algo perdido, pode ser de memória, ou de sabor. Naquele sábado, foi a melhor refeição de minha vida.

Ontem era domingo, e rendi-me a preguiça. Isso é algo raro para mim, sou hiperativa. Mas relaxei. Não tinha compromisso nenhum, nenhum. Resolvi caminhar até o horto florestal... fazia sol. Estava um clima morno, ameno.... no horto tem cachoeira.... uma piscina natural e gratuita, que acabei não resistindo e entrei de calcinha, sutiã e camiseta. Muito refrescante!

Vontade de repetir isso por todos os dias da primavera e verão e só para no outono, porque aqui em Nova Friburgo é bom não brincar com o tempo... faz frio sim, ainda que nem perto do frio Irlandês.

Para minha surpresa, ao voltar para o almoço, tinha uma aula de dança indiana acontecendo no espaço de dança que eu frequento. Comi e corri para lá. Tomei sangria feita em casa no almoço, então quando girava minha saia na dança, o mundo ficava bem mais feliz!

É impressionante como a dança é importante para mim. Não preciso de mais nada para ser feliz, só música e movimento!