Cantinho da Helô

Wednesday, May 26, 2010

Peça MPB - Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra


Muito bom poder ter essa oportunidade de ver num teatro um show com dois bambas do rock nacional!

Infelizmente, na minha infância oitentista, não tive oportunidade de conferir nenhum show do Ira, nem pude ver os Titãs com Arnaldo ainda em sua formação. Mas, tudo foi compensado neste dia 24.

Scandurra é um guitarrista competentíssimo e Antunes, com sua voz peculiar que em nada lembra canto, mas em muito agrada, é um espetáculo a parte, com seus trejeitos e gestos performáticos entusiásticos.

Tudo muito bom!!!

Aguardo ansiosa por segunda que vem, para ver e ouvir Marina Lima no Teatro dos Quatro.

Tuesday, May 25, 2010

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus


Com uma direção e roteiro geniais de Terry Gilliam, "O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus" merecia melhor destaque em nossas salas de cinema.

Não apenas pelo visual, nem pelo efeitos especiais que valorizam o filme e os atores, nem pela direção de arte, nem pelas ótimas interpretações, mas por todo um conjunto grandioso que é sua obra.

Foi o último filme do australiano Heath Ledger, que veio a falecer durante às filmagens, e devido a isso, meio que de última hora foram ao auxílio do diretor três outros ótimos atores para ocupar o mesmo personagem.

E já que na imaginação podemos ser o que quisermos, Ledger pode ser Johnny Depp, que pode ser Jude Law, que pode ser Colin Farrel. E todos na verdade são Tony, homem com passado obscuro, que foi encontrada quase morto, pendurado numa ponte londrina.

E em que outra película poderíamos ver Tom Waits (músico, instrumentista, cantor, e muitas vezes ator) interpretando o diabo em pessoa? Ou Christopher Plummer (sim, de "A Noviça Rebelde"), dando vida ao imortal Dr. Parnassus?

Só no mundo imaginário de Gilliam, que sempre nos presenteia com filmes recheados de criatividade ("Monty Python e o Cálice Sagrado", "Brazil-O Filme", "Os Doze macacos", "Os Irmãos Grimm", ...).

No elenco também Lily Cole (como a jovem Valentina), Verne Troyer (como o fiel escudeiro de Parnassus, Percy) e Andrew Garfield (como o apaixonado Anton).

Corra, que não deve ficar muito tempo em cartaz, infelizmente.

Sunday, May 23, 2010

Mary e Max


Eu vi esse filme na terça, mas ele me deixou um pouco triste, e só pude escrever hoje, depois de uma sexta e um sábado animadérrimos.

Mary e Max é uma animação de massinha super bem feita, que fala sobre amizade sem fronteiras. Uma amizade de longa data que dura mesmo sem que os dois se conheçam ao vivo.

É muito bonito, e te digo, existe, porque já passei por isso, mas no meu caso, ficou tão bem sucedida que virou casamento. Não durou para sempre - porque nada dura para sempre - mas ainda guardo uma caixa cheia de correspondências que, quando quero, vejo o quanto fui amada, e que sou feliz de ter tido isso.

Mary e Max não tem um desfecho feliz, e durante todo o filme é uma deprê total.

Na Nova Iorque cinzenta de Max, ele vive a realidade cruel de uma pessoa solitária e esquizofrênica. Na pequena e amarronzada cidade australiana em que Mary mora, nada vai muito bem com a garotinha, que tem que lidar com amigos que a chateam todo o tempo, um amor não correspondido, mãe alcoólatra e suicida e pai que morre numa tsuname.

Mas, a animação em stop-motion é primorosa, com direção de arte 10, fotografia 10, e vozes dos atores Toni Collette, Philip Seymour Hoffman e Eric Bana.

Vale assistir, mas leve um lencinho!

Monday, May 17, 2010

O Segredo dos seus Olhos


Mesmo que não tivesse ganho o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro pela Academia (Oscar), "O Segredo de seus Olhos" já seria um filme que eu iria assistir, porque acompanho a carreira do ator Ricardo Darín e gosto muito de seu trabalho.

Baseada no livro La pregunta de sus ojos, de Eduardo Sacheri, o filme policial (e ao mesmo tempo romance) é arrebatador, principalmente em sua construção muito bem adaptada de roteiro, figurino de época (se passa na década de 70), fotografia (a tomada aérea que finaliza em um estádio de futebol lotado, e segue em um perseguição policial é deveras genial!), direção (Juan José Campanella, de "O Filho da Noiva" que também tem Darín no elenco) e interpretação.

No elenco, Ricardo Darín (Benjamin Esposito), Soledad Villamil (Irene Menéndez Hastings), Pablo Rago, uma ótima revelação (Ricardo Morales), Javier Godino (Isidoro Gómez), Guillermo Francella, ótimo ator (Pablo Sandoval), José Luis Gioia (Inspetor Báez), e Carla Quevedo (Liliana Coloto), dentre outos...

Saturday, May 15, 2010

Do Fundo do Lago Escuro


A comédia de Domingos de Oliveira, que foi amplamente baseada em um pedaço de sua infância, não será aqui muito bem retratada por essa que vos escreve.

Ela merecia, sim, mais atenção, no entanto, estava em semana de prova, e só de conseguir me manter acordada durante a sessão foi um trunfo, rssssss.

A peça é um retrato social, econômico, psicológico, político e até sexual de uma família. O alter-ego de Domingos é Rodriguinho (Victor Navega Motta, bonitinho mas erra muito o texto), menino de 10 anos que se vê às voltas com os problemas da sua família, por volta da década de 50.

Impagável ver o próprio Domingos de Oliveira no papel de Dona Mocinha, matriarca da família.

No elenco, Paulo Betti (sempre exagerado nos gestos), João Roberto Oliveira (ótimo), Priscila Rozembaum (sempre inspirando histeria), João Vithor Oliveira (participação pequena, mas o menino tem futuro), Ricardo Kosovski (muito bom!), Renata Tobelem (engraçadíssima), Tatiana Muniz (imatura como profissional), Fernando Gomes (competente), e Domingos de Oliveira (hilário).

Cenários e figurinos exelentes, iluminação bem feita, direção de primeira. Vale conferir!

Sunday, May 09, 2010

Homem-de-Ferro 2


Esse post vai ficar muito coisa de fã, mas não tenho como evitar. Adoro Stan Lee e seus personagens. Tony Stark é cativante, e Robert Downey Jr. o representa como poucos fariam.

Terrence Howard foi substituído por Don Cheadle para interpretar o melhor amigo de Stark, James Rhodes, alther-ego do herói Máquina de Ferro. Mas, como ambos os atores são ótimos, não fez tanta diferença.

O filme tem um ritmo animado, roteiro bem-humorado, e uma trilha sonora ultra rock'n roll.

Os atores não poderiam ser mais legais: Samuel L. Jackson como Nick Fury (tal qual eu lia nas edições da Marvel Millenium, NÃO poderia ser outro ator), Scarlett Johansonn como a Viúva-Negra, Sam Rockwell no papel do vilão que seria de Al Pacino, Justin Hammer, e o super-vilão Ivan Vanco, vivido por um Mickey Rourke malvadão e querendo vingança.

Gwyneth Paltrow continua como a assistente pessoal de Tony, Pepper Potts, mas finalmente conseguimos ver uma aproximação física entre os dois. E bacana ver o diretor do filme Jon Favreau também atuando no papel do motorista Happy.

Stan, criador inspirado, sempre arranja um jeito de aparecer numa pontinha, tal qual Hitchcock.

Um filme divertido, cadenciado, que você nem sente que a hora está passando. Muito bom!!!

E, no final da projeção, para quem tem paciência de esperar pelo fim dos créditos, uma cena adicional, que já é uma pequena mostra da saga de "Os Vingadores", e que a princípio leva a crer que o primeiro filme será sobre Thor.

Wednesday, May 05, 2010

Tudo Pode Dar Certo


Depois da deprê pós "Preciosa", assistir um filme cujo título é "Tudo pode dar certo" e que ainda é dirigido por Woody Allen, me atraíu, e muito, para a sala escura na segunda-feira.

A história é engraçada, muito leve e cativante.

Boris Yellnikoff (Larry David) é um velho rabugento que tem o hábito de insultar seus alunos de xadrez.

Ex-professor da Universidade de Columbia e indicado ao Prêmio Nobel de Física, ele se considera o único ser humano capaz de compreender a insignificância das aspirações humanas e o caos do universo.

Um dia é abordado pela sem-teto, recém fugida do Mississipi Melodie St. Ann Celestine (Evan Rachel Wood), que lhe implora abrigo, e acaba ficando. O resto, tem que ver o filme, que é cheio de reviravoltas na vida de vários dos personagens da trama.

Excelente direção, excelente roteiro! É impressionante como Allen consegue colocar na boca de seus personagens coisas tão triviais e rotineiras, e soar genial.

No elenco Larry David, Evan Rachel Wood, Ed Begley Jr., Henry Cavill, Patricia Clarkson (como a ótima Marietta), Willa Cuthrell-Tuttleman, John Gallagher Jr., e Jessica Hecht. Pouco conhecidos, mas ultra competentes.

Monday, May 03, 2010

Preciosa


Um soco no estômago! Assim defino o filme "Preciosa", de Lee Daniels.

O cartaz diz que é uma história de esperança. Sim, o é! De esperança, de superação, de provação, e mais que tudo, de força.

Ver Claireece abusada, espancada, com dois filhos (sendo uma com síndrome de down), e ainda assim, com vontade de crescer, de sonhar com um futuro melhor, é impactante. Até porque, tudo está contra esta jovem de apenas 17 anos, que nada fez para merecer tanta provação.

Como a personagem da atriz Gabourey Sidibe, existem muitas Clarices por aí, vivendo em situação precária, exploradas, maltradas, e sem esperança. E isso me fez sair do cinema com uma sensação ruim.

Juro que até perdi o sono. Fiquei pesada e sem ninguém para conversar a respeito.

No mais, interpretação primorosa de todas as atrizes da trama, com destaque para
Mo'Nique, que acabou ganhando prêmios pela péssima mãe do filme.

Sunday, May 02, 2010

Alice no País das Maravilhas


Assistir um filme de Tim Burton é sempre uma experiência interessante. Diretor muito imaginativo, Burton cria mundos, cenários, e imprime vida a personagens de natureza fantástica.

"Alice no País das Maravilhas", apesar de se basear numa história infantil de Lewis Carroll, está longe de ser um filme direcionado para crianças (até porque, para quem conhece a história de vida do autor, sabe que Carroll tinha uma inclinação não muito saudável para meninas na faixa dos 12 anos). É sim, uma fábula, mas em tudo que Burton coloca o dedo muda-se o foco para o público adulto.

O fato é que neste "Alice", ele decidiu fazer com que a garota retornasse ao mundo imaginário já adulta, prestes a ser pedida em casamento, fazendo com que seus antigos companheiros do país das maravilhas contestem se ela é a verdadeira Alice, que fora lá ainda menina, ou é uma impostora.

O tom da história ficou muito mais para o aventuresco e folhetinesco do que para o fantástico e imaginário.

Porém, nota dez para figurino, arte, fotografia, e pelo elenco bacana que Burton sempre seleciona para suas obras. Estão lá Johnny Depp (Chapeleiro Louco), Helena Bonhan-Carter (Rainha de Copas/Rainha Vermelha), Anne Hathaway (Rainha Branca) e a jovem Mia Wasikowska (Alice). Além de contar com as vozes marcantes de Alan Rickman (lagarta), Timothy Spall (Bayard, o cão), Michael Sheen (coelho branco), Stephen Fry (gato risonho), e Christopher Lee (monstro Jabbrwock).

É um belo espetáculo para os olhos. Eu vi em 3D, mas confesso que os óculos me incomodaram muito e marcaram meu nariz e orelhas.