Vicky Cristina Barcelona
É isso que vi em “Vicky Cristina Barcelona”, do diretor Woody Allen. E me identifiquei muito! Com todos os personagens!!!
Senti um pouquinho de mim em cada um deles, talvez por estar numa fase da vida em que está acontecendo tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Troquei de emprego (estou tendo que me adaptar ao emprego novo), perdi meu amor querido e fiquei sem chão... não gosto de mudanças bruscas, elas me deixam assustada.
E é exatamente o que acontece com a personagem Cristina (Rebecca Hall, uma graça de atriz), que sempre desejou uma vida estável, e vê tudo virar pelos ares ao passar uma noite com o pintor Juan (Javier Barden, charmosíssimo sempre). Tudo o que ela tinha planejado com os pés no chão (casamento com um homem bom e bem sucedido, um mestrado em sua área, uma estabilidade emocional) é posto à prova, mas no fim, acaba por isso mesmo, pois a personagem não se dá ao luxo de ousar.
O oposto de sua melhor amiga, Vicky (Scarlett Johansson, a boca mais bonita do cinema), que está sempre insatisfeita, sempre buscando, sempre querendo satisfação, sem saber o que quer, mas certa do que não quer para sua vida. E dessa forma ela entra e sai de um triângulo amoroso com Juan e sua esposa Maria Elena (Penélope Cruz), como se fosse apenas mais uma experiência em sua vida, mais uma etapa de sua busca pelo que desconhece querer.
Para o que estou vivendo no momento, foi o filme exato na hora exata que me fez pensar muito (e resolver algumas pendências comigo mesma). Alguns amigos meus não entenderam a história, outros não gostaram. Eu, adorei!
Destaque para Penélope Cruz, uma atriz impressionantemente magnética. Ela praticamente “come” a atenção do expectador em todo filme que aparece.
Um filme para apreciar e pensar.