Cantinho da Helô

Monday, March 31, 2008

Baila Comigo

Ontem eu fui no Bailinho... eu já tinha ido uma vez, no aniversário da minha amiga Lia, mas ontem fui apenas por ir...

Pra quem nunca foi, o Bailinho é uma festa super eclética (no sentindo mais amplo possível) , que toca de tudo, mas TUDO mesmo. De Frank Sinatra a The Killers, passando por Madonna, Depeche Mode, Dona Ivone Lara e Tom Jobim.

É o samba-do-criolo-doido, mas é muito divertido!!!

É também um local para se encontrar pessoas amigas e de soltar a franga, sem vergonha de pagar mico e sem medo de ser feliz. Pode fazer "passinho" na música Thriller do Michael Jackson tranquilo que ninguém vai te apontar não.

Fui com as amigas: com a Lia, a Carla e a Vivian. De quebra, ainda encontrei meu vizinho, o Flavio. Encontrei tb o Ciro Gomes, a Patrícia Pilar, a Preta Gil... enfim, quando eu digo que tá todo mundo lá, é pq tá todo mundo lá mesmo. Uma miscelânia desgovernada.

A confusão sonora começa cedo, as 19h já tem gente chegando, e as 20h está lotado de pessoas se acabando de dançar.

Minha amiga Carla não gostou não, ficou olhando com cara de assustada. Teve uma hora que disse: "Bizarro ver neguinho se acabando de dançar domingo as oito da noite como se fosse madrugada de sábado". Bizarro sim, mas super legal.

Gosto da sensação de sair cedo, me divertir, e ainda poder chegar em casa em tempo hábil de dormir, descansar e acordar bem disposta para enfrentar a semana.

Não digo que vou todo domingo porque repetir programa cansa, mas que sou fã do Bailinho, ah sou!

Saturday, March 29, 2008

Isso é um blog de "mulherzinha"

Quando comecei a divulgar o meu espacinho literário na semana passada, recebi alguns elogios e algumas críticas. Obrigada quem gostou, escrevo de coração. Mas, concordo com o pessoal que criticou: o que escrevo é triste, e não muito diferente do que muitas pessoas fazem (geralmente do sexo feminino): falam de sentimentos.

Então, atendendo aos apelos do meu camarada Pupuca-San (o único que leu praticamente tudo até os idos de 2004, quando tudo isso começou), que me falou que não aguenta mais um blogg de mulherzinha, eu digo: Vou variar os assuntos e deixar os sentimentos de lado. Afinal de contas, o coração vai bem, obrigada!!! =)

E pra começar, o assunto do dia: a nova sinalização de ruas da cidade. Alguém por acaso já percebeu que em alguns pontos da cidade os nomes das ruas vem com uma explicação de quem foi aquela pessoa ali homenageada?

Hoje, fazendo uma super-saudável caminha via orla do Leme até a Gávea (!!!) - com várias paradas para mergulho - reparei nas tais placas. Essa novidade não tinha chegado aqui na Gávea, mas no Leblon está em todas as ruas. Dessa forma, fiquei hoje sabendo quem foi José Linhares, Delfim Moreira (esse por acaso, eu já sabia) e Bartolomeu Mitre, entre outros que já me olvidei. Funciona assim: você vê o nome da rua, e de quebra, sai com uma pouquinho da história do sujeito. Muito educativo!

E vc? Já tinha reparado nisso??? Não? Sabia que não era a única...

Tuesday, March 18, 2008

Grito

Se não escrever, não grito!
Se não gritar, explodo!
Sou um esboço de mim, ...
Nunca mais a mesma...
Empalidecida, envelhecida e enferrujada...
Perdida dentro das memórias, algumas que nem vivi.
Fruto da minha imaginação que, viva...
... clama por ar e liberdade!
- "Não me mate!" - ela diz. -"Sou tudo que te resta!"
As viagens, a família, os amores...
Vontade de crescer, de voar...
Sem limites... só alegria.
E, finalmente, a paz!

1999

A perda foi maior do que aparentou.
Eu era forte! (Forte?)
Hoje, choro. Choro muito! Choro sempre!
Quase dez anos...
Você estava aqui...
Parte da minha vida...
Parte do meu corpo.
Crescia comigo, tão jovem eu era!
Esperava te ver crescer...
Esperava por você,
A mais doce das esperas.
Tanto medo, e tanta felicidade!
(esta foi embora, a primeira, sempre presente)
E a vontade... ah, a vontade...
Quase indolor...
Esvaiu-se quente e silencioso.
Ficou o vazio e a mancha,
Não apenas do sangue, mas de sua memória.
(Niterói - junho/99)

Voltar

Voltar foi difícil.
A casa vazia, ... a luz apagada...
Móveis que ninguém senta,
Nessa casa de apenas 1 habitante.
Tudo impessoal. Nada meu.
O que era meu (ou eu achava), ficou para tráz.
Perdido num lar onde antes existia cor,
Mas, depois de bater a porta, só restou a dor.

"Essa ansiedade, que me aperta o peito, só pode ser saudade... só pode ser saudade"

A certeza nunca tenho,
Do que é certo, o que é errado,
Por onde vou, daonde venho.

Mas, sigo pois, tentando encontrar,
Mais razões para esquecer,
As máguas que me fez lembrar.

É difícil, admito!
Todos esses sentimentos...
Não me causam nada além de conflito.

Dói a cabeça,
Me faz perder o sono,
Talvez um dia eu enlouqueça.

Mas antes então,
Consigo acreditar,
Que nada será em vão

E que essa ansiedade,
que me aperta o peito,
só pode ser saudade... só pode ser saudade!

Saudade de ti,
Saudade dele tb,
Saudade do tempo em que podia sorrir.

Pois há muito choro,
E nem sei porque,
E ao mesmo tempo eu sei, mas não dá pra entender.

Que toda raiva que existe em mim,
Não é de ti, nem tampouco dele.
É mais amarga e mais tacanha, presa em minhas entranhas.

E se um dia sorrio,
E na foto aparece...
E todos acreditam na felicidade que enaltece...

Só adianto que é fachada,
Mas que a tentativa é real e sincera de parecer tão bem e natural,
Quanto bem-amada e em nada megera.