Hedwig e o Cm Enfurecido
Cativante, magnética e muito rock 'n roll é a peça "Hedwig", dirigida e adaptada por Evandro Mesquita.
O premiado musical de John Cameron Mitchell é muito bem defendido na versão brasileira pelos atores Paulo Vilhena e Pierre Baitelli. Pierre, não sei como explicar, me hipnotizou, só dá ele no palco, e no entanto, não ofusca a interpretação de Vilhena, que oferece o melhor de si ao personagem. E há ainda uma ótima banda ao fundo e uma atriz que serve de contraponto (Eline Porto, bela voz, bela presença de palco, também travestida, incorpora Yitzhak).
O roteiro nos conta a história de Hedwig, vocalista e líder da banda “O centímetro enfurecido”. Começa na Berlim Oriental da década de 80 e segue para os Estados Unidos pouco antes da queda do muro de Berlim, em 89.
Hedwig Schmidt, musa do rock’n’roll alemão, vítima de um erro médico durante sua operação de troca de sexo (que a deixou com 1 cm de fúria) . Ultrajante e hilária saga do travesti nascido Hansel, no formato rock, drama e comédia.
Através de canções e monólogos, Hedwig nos conta como conheceu Luther, um militar americano que torna-se seu marido, e depois a abandona num trailer no meio do Kansas. Sozinha, com uma peruca de quinta na cabeça, ela começa a trabalhar como cantora de noite, e babá de dia. Na casa onde trabalha, conhece Tommy Speck, adolescente cheio de espinhas, por quem se apaixona. Ela o batiza Tommy Gnosis, mas este rouba suas canções e se transforma numa estrela de rock, enquanto Hedwig é novamente descartada.
Uma trama de amor, lamento, transformação (física e mental) e muito rock do bom!!!