Cantinho da Helô

Sunday, March 27, 2011

O Discurso do Rei


Ter Colin Firth, Helena Boham Carter e Geoffrey Rush no elenco, já é uma ótima razão para ir ao cinema e assistir à película em questão. Mas, se além disso roteiro e direção (Tom Hooper) também são atrativos, assistí-lo se torna uma obrigação!

Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago, sério problema quando se é o Duque de York, pois frequentemente um discurso público se faz necessário.

O nobre procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes.

Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um ator que faz vezes de "terapeuta de fala" com métodos incomuns, George está desesperançoso. Lionel se coloca de igual para igual com George e, com o passar do tempo, tornam-se amigos.

Seus exercícios fazem com que o duque adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce), em tempos de guerra.


Atuações excepcionais, nem é preciso dizer, que valem cada prêmio conquistado pelos atores e tornam o filme memorável. Vale também pelo belo figurino, direção de arte, de fotografia, e roteiro, baseado numa história real.

127 Horas


Se não fosse por Colin Firth, que é um excelente ator e está fantástico em "O Discurso do Rei", com certeza James Franco teria ganho muito mais prêmios por sua performance em "127 Horas".

O filme é ele! Toda alma do filme está focada na ótima interpretação do ator.

Baseado em fatos reais, narra a história de Aron Ralston, que em maio de 2003 ficou preso pelo braço numa fenda nas montanhas de Utah, e precisou tomar uma decisão drástica para salvar a vida após 127 horas de confinamento, falta de alimento e água.

Destaque para a direção de Danny Boyle ("A Praia", "Cova Rasa", dentre tantos filmes bacanas), fotografia e locação, outros pontos forte da película.

Um Lugar Qualquer


Sou fã de diretores(ras) como Sofia Coppola, que conseguem pegar uma história simples e transformar num filme bacana, gostoso de assistir.

"Um Lugar Qualquer" conta um pouco da vida de Johnny Marco (Stephen Dorff), ator de sucesso, que habita um hotelzinho bucólico de Los Angeles, onde recebe amigos, faz festas, e passa um pouco de tempo com a filha Cleo (Elle Fanning, uma gracinha).

A cumplicidade entre pai e filha é um dos pontos fortes do roteiro, além da direção caprichada de Sofia.

Inverno da Alma


Ree Dolly (Jennifer Lawrence, em ótima atuação), tem 17 anos e a missão de encontrar seu pai, que foi liberado da prisão em condicional, mas desapareceu.

Ele empenhou a casa da família como garantia de liberdade, e agora a garota precisa encontrá-lo vivo ou morto para continuar mantendo um teto para seus irmãos menores e sua mãe doente.

Mesmo em iminente perigo de morte, ela desafia mentiras e ameaças, e descobre da pior forma que muitas vezes o grande inimigo está na própria família.

O filme de Debra Granik deixa um certo mal estar, mas é muito bem filmado, num estilo "noir country" (como se define a obra em que é baseado o roteiro) nas montanhas do estado de Missouri (EUA). Ponto para o roteirista e para o diretor de fotografia. E ponto para o ator John Hawkes, que faz o papel do tio da jovem.

Versos Íntimos


Versos Íntimos

Augusto dos Anjos


Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
"A pessoa", que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!