Dúvidas

Pensamento! Dúvidas,... dúvidas que pairam no ar...

Tormento!

Inevitável

Inevitável é o luto, inevitável o clamor...

não precisa ser amigo ou parente para sentir a dor,

de tantas vidas rapidamente tiradas sem pudor.

Planos

Com um lápis vou marcar, cada nova meta que alcançar,

e quem sabe em breve, vou começar

nova vida, e novos voos vou alçar!

Levantar

Levante-se, do chão você não passa!

O tombo é apenas um infortúnio, não uma ameaça.

Sacuda a poeira, erga-se com graça!

Estenda a mão, limpe-se, siga e faça!

Assimetria

A imperfeição é a beleza,

o torto que assim cresce por natureza.

Cereja

Sou uma pequena e doce frutinha, pronta para ser saboreada,

em lugares mais frios vivo, esperando pela manhã ensolarada.

De vermelho intenso, quase carmim quase bordeaux, muitos se apaixonam ela minha cor.

Outros pelo meu formato, outros pelo meu sabor.

O Turbilhão

Quando tudo ao seu redor roda, e você não parece sair do lugar,

quando o sentimento é desespero, e não há ninguém para ajudar,

a busca está em você mesmo, no seu íntimo, mais peculiar.

Mofo

O sol há de tirar o mofo desta alma secular,

presa numa cidade engessada e peculiar.

Mormaço se foi, e agora?

 Mormaço abriu, na rua saí, mas foi chegar no portão, que aí percebi

que logo-loguinho vinha chuva caindo, pingos grossos que só, e eu já saindo,

22 blocos voltar, sem chance, já molhada, mas sorrindo.

Em terra de umidade, calor e friagem, tudo igual, faz parte da paisagem.

Bolo no Forno

Bolo no forno, casa cheirosa,

espero visita, estou toda prosa!

Chuva sem frio na paisagem cinza

Tempo cinza sem frio, pois é fim de primavera.

Escuto o barulho do rio, abro a janela.

Aqui a chuva não molha, aqui a chuva não gela,

nem se descalça na grama, for passear, singela.

Ponto colorido numa imensidão sem cor,

é como minha alma se sente nessa cidade sem humano calor.

Saudade da Orla

Saudade da orla do Leblon e de Ipanema,

dos dias em que fazia tempo bom e valia a pena,

pegar o meu patins e rodar,

horas e horas até a perna cansar.

Saudade de encontrar Vincent Cassel, e sentir-me em Saint-Tropez ou Cozumel,

de ver as meninas de skate, e o tanquinho dos surfistas, um deleite!

Saudade do chopp na pressão, da paisagem e do calorão.

Horas a mirar a bela vista, da paquera no calçadão e da conquista.

Saudade do meu Rio, lá nunca passo frio,
seja real, seja não
pois a friagem está no coração,
todo meu carinho se perdeu na imensidão...

Telefone

Quando o telefone toca, já sei que é você,

Nos dias de hoje é mais fácil no celular escrever.

Mas que delícia é ouvir a voz, e poder conversar,

uma hora inteira de diversão e muito o que falar.

Da Janela Posso Ver

Da janela colorida, posso ver muitas flores,

gerânios, violetas, diversas cores.

Avisto árvores e pássaros,

ouço o barulho do rio, ouço os seus passos,

nas pedrinhas e na grama,

seguindo as velinhas que coloquei até o quarto, até a cama.

Quem Canta...

Quem canta, não só os males espanta....

Cura a tristeza, melhora o humor, nem precisa de blush, para ganhar uma cor...

Esquenta meu Pézinho

Esquenta aqui o meu pézinho, nesse domingo sem sol e sem graça.

Um pequeno ato de carinho, para que eu não faça pirraça. 

Vem do Céu

Vem do céu, vem do nada,

Quando você menos nota, te esbarra de maneira inesperada.

Na esquina, na estação, no trem, no lotação.

Na lojinha do posto, no metrô, na internet, no corredor.

Uma voz ao telefone, que você não espera tocar.

O soar do interfone, numa noite sem luar.

Uma mensagem distante, vale mais que um diamante!

Um sorriso, um alô, enchem seu dia de calor!

Chuva de Arroz

Chuva de arroz, não faz molhar,

Traz magia, risos, boas vibrações e alegria no olhar.

Fotografia

Olho através de ti, e um mundo se cria.

Expande, magnífico, transforma e rodopia.

A lente é a extensão da íris, mágica condutora de lembranças,

que no cérebro se alojam e na mente criam festanças!

Noites sem Sono

Noites em claro, a procura de ti,

Sentada à mesa da sala, computador a frente, o 'skype' toca, minha boca sorri.

Horas intermináveis mirando a tela, à luz da lua, à luz de vela,

Breves momentos em que posso te ver, tão distante fiquei, nessa nova terra.

Doce

Doce é a tarde que, em crepúsculo, colore o céu de caramelo.

Nuvens róseas como algodão doce, poucas mas visíveis, dão um tom extraordinário.

Na varanda estou sentada, comendo brigadeiro, de shorts e chinelo,

Aproveitando a primavera, fresca com leve brisa calorosa, deste belo balneário.