Cantinho da Helô

Sunday, April 21, 2013

Manual de Sobrevivência (parte 7)


Relatos de 14, 17 e 19 de abril de 2013.

Hoje o mar não está para peixe, para ninguém! Tudo balança, tudo sacode, e nada fica no lugar. Os objetos caem, os móveis correm (se não estão presos, e deveriam), e até as roupas que são leves, caem do varal. Situação tensa e incômoda.

Várias vezes durante as aulas eu fui deslocada de local devido ao "rolling" do barco. O quadro branco veio ao chão, as canetas também. O dvd quase quebrou, mas eu consegui salvá-lo num movimento preciso.

Foram 4 dias assim, e chega uma hora em que tudo que você quer é apertar um botão de emergência (que nem os das esteriras de academia) contando que tudo vai ficar tranquilo. Mas esse botão não existe, então o jeito é se acostumar.

A sorte é que eu não enjôo. Se enjoasse, aí sim, seria punk, heavy metal e rock 'n roll ao mesmo tempo! Se bem que eu sou adepta de um rock 'n roll (mas aí eu me refiro à música). :)

Lembro que no meu primeiro embarque, em meados de 2012, eu enjoei feio no meu terceiro dia a bordo. Vomitei perto da escada e lá fiquei, arriada, sem forças para me erguer. O motorman me achou e me ajudou a levantar e ir lavar meu rosto.

Depois desse dia, nunca mais! Parece que meu corpo acostumou. O corpo sim, a mente, nunca! Minha cabeça está sempre em terra.

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Após esses dias de balanço total, o trabalho foi concluído e veio a ótima notícia de que voltaríamos para o porto de Niterói, e ficaríamos, no mínimo, até sábado.

Com isso, lá fui eu (tolinha!!!) me planejar para depois das aulas de quinta sair com um amigo para tomar café, sair na sexta para dançar, e embarcar revigorada no sábado para mais 10 dias. 

Bem, nada disso aconteceu! Quinta, mal o barco atracou, já foi parar no meio da Baía de Guanabara esperando por ordens da empresa, ou seja, adeus meu café. Na sexta de manhã, a mais devastadora das notícias: iríamos sair as 22h do mesmo dia. Adeus Bar Bukowisk, adeus amigos, até a próxima.

Quando o barco cruzou a baía, vim para a prova e observei com tristeza a cidade. Passamos em frente à enseada de Botafogo, e se eu pudesse tinha ido a nado até lá. Alguém, por favor, inventa o teletransporte?

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